2 de agosto de 2012

Desculpe

Nosso amor não é de hoje, nem desta década, quiçá desta vida, mas ando meio afastado de ti, sei que atualmente seus opressores te obrigam a ficar longe da sua cidade e ir te ver está cada dia mais difícil.

Tenho trabalhado até tarde, mas você sabe que sempre arrumo tempo para nós, porém a distância, o transporte público e o horário estão acabando comigo.

Lembra aquele último dia que fui te ver? Mesmo sendo um dia triste para nós, saí de lá quase 11 horas da noite, caminhei até o trem, encontrei uns amigos, voltamos juntos até o metrô, consegui pegar o último metrô da outra linha, mas quando cheguei na minha estação já era quase 1 da manhã, não tinha mais ônibus, peguei um táxi, gastei quase R$ 30.

Sei que quem ama faz de tudo, gasta o que não pode, estou em falta com você, ainda irei te ver, claro, mas não poderei ir nos dias de semana, não tendo que sair da sua nova casa a meia-noite. Se for possível sair às 11 horas da noite como da última vez, mesmo com o desgaste e despesa que foi, irei, irei porque te amo, mas aguardo ansiosamente o dia que você volte para sua cidade, mesmo sabendo que as reformas da sua casa ainda demorarão mais de um ano.

Já marquei no calendário os dias que poderei te ver, são poucos, espero que seus opressores repensem a ideia de te fazer continuar no interior depois de setembro, para podermos assim nos vermos mais.

Fiquei feliz por nós ontem, mas é triste ver como você está cada dia mais só neste lugar, você não merece. Volte pra casa. Volte pra sua cidade.


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