/// Por 'bobeira' da Traffic, o Palmeiras perdeu Ronaldo

Apesar do título vou colocar abaixo o post inteiro do Blog do Cosme Rímoli e destacar o que mais me chamou atenção. J. Hawilla, vamos cobrar, hein?

Ronaldo poderia hoje estar envergando a camisa verde do Palmeiras e formando uma dupla de ataque com Keirrison.

Quem deixou escapar a informação foi ninguém menos do que J Hawilla.

O dono da Traffic acabou de revelar a informação em uma entrevista que beirou a conversa.

Ele falou há dez minutos para a rádio Record.

Com seu velho amigo Juarez Soares.

Os melhores momentos da entrevista alheia que o blog capturou.

Você não se arrepende de não ter procurado o Ronaldo e o contratado?

Me arrependo sim.Houve uma bobeada nossa, da Traffic. Nós poderíamos tê-lo contratado. Eu falei para as pessoas da área de operação da empresa tentarem contratá-lo.

Mas as respostas que obtive foi a mesma: ele vai jogar no Flamengo. Depois quando vi que o Corinthians o contratou, percebi que bobeamos.

Ele é um jogador de alcance mundial. O Corinthias trabalhou certo. Nós bobeamos mesmo.

O que você vê de especial no Ronaldo?

O Ronaldo é um sujeito muito especial. Está milionário, mas tem alegria em jogar. Tem vontade. Está feliz com o que está fazendo.

Agora você pega o Ronaldinho Gaúcho. Ele também está milionário. Mas não tem mais o mesmo rendimento porque não tem mais felicidade em acordar, treinar.

Por tudo isso o Ronaldo é especial. Muito especial.

Qual é o plano para o Keirrison?

O plano para o Keirrison é simples: não vamos vendê-lo esse ano. Ele vai ficar no Palmeiras. Me disseram que veio um espanhol observá-lo esta semana (para o Barcelona).

Achei ótimo. Na semana passada vieram uns seis alemães. Mas eu só quero negociar o Keirrison lá pelo meio do ano que vem. Isso está definido.

Você contratou todos os jogadores que o Luxemburgo indicou?

Só não contratamos um, o Carlinhos Paraíba. E trouxemos dois que ele não pediu: o Marquinhos e o Willians. Havia outros times interessados, Flamengo, Fluminense e Corinthians.

Mas ele acabou gostando dos dois. Todos os jogadores que o Vanderlei Luxemburgo quis, nós compramos. Todos.

Qual a sensação de ver jogadores saindo do Brasil com 17, 18 anos?

A sensação que os nossos clubes precisam se profissionalizar de verdade. Se não for assim, os jogadores vão continuar saindo. Os atletas precisariam ganhar mais aqui para ficar.

Mas o problema é que estamos muito atrasados em relação ao mundo. Vou dar um exemplo: o futebol tem de ser tratado como teatro.

As pessoas precisariam ter segurança, cadeiras estofadas para sentar, comida de primeira qualidade. Aqui os torcedores são tratados como porcos.

Você pega R$ 200 mil, que não é nada para um clube, e coloca dez mil cadeiras estofadas em um estádio. Mas falta visão, falta vontade.

Por isso sentamos ainda no cimento. E vamos continuar sentando por muito tempo.

O que o fez largar o jornalismo esportivo e virar empresário?

Foi a greve dos jornalistas de 1979. Eu estava na Globo. Tinha acabado de casar. Tinha um filho de seis meses.

Aderi a greve e fui demitido como muita gente foi. Não tinha onde ir porque as emissoras não queriam quem tinha participado da greve.

Pensei no dinheiro curto que recebia. Resolvi que jornalismo não dava mais para mim.